Deputados lembram 1 mês da morte de primeira-dama:'Monstro', diz Rios

A Lei do Feminicídio, que inclui no rol dos crimes hediondos o assassinato de mulheres em razão de gênero, foi sancionada nesta segunda-feira (09/03) pela presidente Dilma Rousseff (PT) e acabou indo parar na pauta de debates desta terça na Assembleia Legislativa. Depois de, em seu pronunciamento, o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) lembrar da lei, questionou ainda porque as parlamentares da Casa nunca comentaram sobre o covarde assassinato da primeira dama de Lagoa do Sítio, Gersineide Monteiro, morta há um mês com um tiro na cabeça.
Preso, acusado de envolvimento no assassinato, está o prefeito de Lagoa do Sítio, Zé Simão (PT) e a empregada da residência do casal, Noêmia da Silva Barros.
Aparteando o colega do PTC, Robert Rios (PDT) atacou e fez um desabafo em relação ao silenciamento diante do assassinado.
“O PT não caiu de pau porque ele é prefeito do PT. Se fosse de outro partido teria apanhado aqui igual a macaco. Ele é muito ligado ao PT e obedece aos caciques do PT. Ele era vice-prefeito de um médico que votava em mim. O médico morreu, ele assumiu, e continuou votando em mim. Mas na ultima eleição, a pedido do PT, ele não votou. Entrou na minha casa todo se tremendo, dizendo que o PT ameaçou lhe expulsar se votasse em mim. Eu sou iluminado por Deus, graças a Deus esse monstro não votou em mim”, disse Robert.
Robert lamentou ainda que, mesmo com a aprovação da lei, não é possível enquadrar a investigação da morte da primeira-dama na nova lei.
UM MÊS DO ASSASSINATO
Zé Simão está atualmente licenciado da prefeitura de Lagoa do Sítio. Ainda no final do mês de fevereiro, o desembargador Joaquim Dias de Santana Filho atendeu ao pedido do delegado Carlos André Rodrigues da Silva, e expediu mandado judicial favorável à “quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos referentes a oito números da operadora TIM MÓVEL S.A, determinado que a empresa forneça relatório detalhado contendo todas as chamadas geradas, recebidas e tentadas dos citados números telefônicos, desde o dia 11 de janeiro de 2015 a 11 de fevereiro de 2015”.
Primeira-dama foi morta com um disparo na cabeça. Primeira informação ventilada foi de que ela teria morrido vítima de infartoPrimeira-dama foi morta com um disparo na cabeça. Primeira informação ventilada foi de que ela teria morrido vítima de infarto
Em sua decisão monocrática, o desembargador cita que “a autoridade policial fundamenta o pleito na divergência constatada nos interrogatórios dos indiciados, eis que além de ambos negarem a autoria, um atribui ao outro a prática do crime, bem assim, pelo fato do crime não poder ser investigado unicamente pelos meios ordinários, porquanto cometido dentro de um quarto de uma residência sem qualquer testemunha”. Daí a necessidade da quebra do sigilo telefônico para amparar as investigações e dirimir as dúvidas ainda existentes.
Dessa forma, o magistrado autorizou que o Instituto de Criminalística realizasse a extração de todos os dados contidos nos aparelhos apreendidos e nos respectivos chips e cartões de memória, tais como mensagens SMS e de redes sociais, fotos, vídeos, ligações geradas e tentadas, visando dar maior celeridade à investigação policial, e consequentemente, melhor instrução processual penal.
MAIS SOBRE O ASSASSINATO
O crime contra a primeira-dama aconteceu no dia 10 de fevereiro. No início da manhã foi ventilado que ela teria sofrido um infarto fulminante, informação que caiu por terra após a realização de exames de perícia no local e baseado no laudo cadavérico do IML. Gersineide foi de fato morta com um disparo de arma de fogo na cabeça. Atingida com tiro no ouvido, ela teria sido morta enquanto dormia.
Suspeitos de envolvimento na morte de Gersineide, a polícia prendeu ainda no mesmo dia, o prefeito Zé Simão e a empregada da família, Noêmia Maria da Silva Barros. Em primeiro momento, os dois teriam confirmado à polícia que tinham um envolvimento amoroso e jogavam um contra o outro a acusação pela autoria do disparo contra a primeira-dama.
Empregada Noêmia deixando a sede da Delegacia Geral em Teresina
Empregada Noêmia deixando a sede da Delegacia Geral em Teresina
Fontes: 180graus

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